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09 dicas para viajar sozinha

Atualizado: 4 de mar. de 2020



Dos 34 países que já visitei, 30 conheci viajando sozinha. No imaginário de muita gente, não é comum encontrar uma mulher com deficiência andando por aí, em outro estado ou país, sem outra pessoa lhe acompanhando. É por isso que separei algumas dicas sobre questões que me atento na hora de planejar ou até mesmo durante uma viagem:



1 - QUANTO MAIS INFORMAÇÃO, MAIS SEGURANÇA


Amo planejar viagem, quase tanto quanto fazer a viagem em si. A ansiedade de imaginar como tudo vai acontecer, a procura pelas atrações, por informações sobre a cultura e a expectativa do hotel e de como é a cidade em si me fascinam. Mas não só isso. Saber os lugares onde você quer ir, como se chega lá e quanto se paga para cada passeio / atração evita quase 100% dos golpes mais comuns com turistas.


Blogs de viagem e vídeos no youtube são uma excelente fonte de informação. Assista e leia conteúdos de diferentes estilos de viajantes não apenas para ter uma ideia do que você quer conhecer, mas para conhecer caminhos, preços e evitar até erros de principiantes (mesmo quando se viaja muito, quando vamos a um novo lugar, os desafios são os mesmos).



2 - TRANSPORTE PÚBLICO





Se você vai para alguma cidade que conta com sistema de metrô prefira utilizar ele como meio de transporte. Não tem erro. Você pega um mapa, seja físico ou armazenado no celular, que você pode baixar antes, e se guia sozinho. Quando precisar de informação, geralmente, nas principais estações têm seguranças e outros funcionários que vão te auxiliar. Além disso, o preço fixo das passagens vão te proteger daqueles velhos golpes de taxistas.


Em boa parte dos sites de metrôs em diferentes cidades do mundo, é possível encontrar quais estações contam com elevador e escadas rolantes.


3 - TÁXI / UBER





O segredo da viagem de táxi em cidades que você não conhece é ter internet no celular. Por dois motivos: para você manter uma pessoa conhecida (ainda que do outro lado do mundo) informada de seu trajeto e o outro é para você saber mesmo se ele está indo por um caminho correto. Caso saiba que não terá internet no exato momento em que está no carro, baixe um mapa da cidade no aplicativo do Google Maps (assim você pode utilizar mesmo estando offline).


Não precisa ser uma super internet, o suficiente pra você acompanhar o trajeto através do seu mapa (até em países como Sudão consegui fazer isso) e acionar o whatsapp se necessário.


Para pessoas com deficiência, nas principais cidades do mundo, existem táxis acessíveis ou você pode agendar um transfer para te buscar no aeroporto, por exemplo, e te levar até o hotel que já deverá estar avisado sobre o que você precisa. Quando chegar ao hotel, peça na recepção indicações de motoristas e empresas confiáveis. Guarde o contato desse profissional/empresa e combine tudo com eles.


No caso de cadeirantes, por exemplo, se for chamar um uber vale mandar uma mensagem avisando o motorista que está chegando de que você vai precisar de ajuda. Sabemos que não podem se recusar a levar uma pessoa devido à sua deficiência, mas também sabemos como são alguns seres humanos, então pode evitar problemas na chegada do motorista e otimizar seu tempo de viagem.


Dependendo do destino, se você jogar no google “Táxi Acessível” ou “Acessible Taxi" e o nome da cidade, vão aparecer opções. Lembrando que no Brasil, empresas de táxi devem ter 10% de sua frota composta por veículos acessíveis à pessoa com deficiência, sem que haja cobrança diferenciada de tarifas ou valores adicionais pelo serviço.


Alugar carro também pode ser uma opção. No Brasil, a legislação exige que as locadoras ofereçam carro adaptado para uso de pessoa com deficiência, a cada conjunto de 20 automóveis de sua frota. Esse veículo adaptado deverá ter, no mínimo, câmbio automático, direção hidráulica, vidros elétricos e comandos manuais de freio e de embreagem.



4 - IDIOMA





Ainda que você não fale a língua do país, jogue no senhor Google algumas frases que você pode precisar no seu percurso. Se tem dificuldade de decorar, anote no próprio WhatsApp, ou grave um áudio para você mesmo. Além disso, fuja do óbvio: não aprenda apenas "obrigada", "por favor", "tudo bem?”.


Se imagina que em algum momento vai precisar pedir transporte por aplicativo, por exemplo, já anote algumas mensagens que pode precisar escrever para ele. Com internet, vai conseguir traduzir rapidinho uma possível resposta. Se não, pode ir a um estabelecimento, restaurante, hotel e pedir ajuda com a tradução, nem que seja por mímica. Já enviei algo do tipo:“eu não falo 'sua língua', mas gostaria de avisar que preciso de ajuda com x, y, z, ok?” e ele respondeu, “ok”. Lindo. Isso ajuda muito pessoas com deficiência.


5 - HOSPEDAGEM


Se hospedar em hostel é uma excelente opção para quem não quer ficar sozinho, pagar barato e conhecer gente. Pra quem quer mais privacidade, quartos individuais em hostels são uma ótima opção. Ou, no caso de nós mulheres, quartos femininos também são uma boa pedida.


A localização do hostel/hotel é fundamental. Ficar em regiões perto de transporte público e no centro da cidade/locais mais turísticos, apesar de ser um pouco mais caro faz com que a gente se sinta mais segura, já que a movimentação às vezes pode varar a madrugada. Eu SEMPRE me hospedo em regiões assim.


6 - ESQUECE A BOLSA


A regra é: O mochilão/mala fica no hotel/hostel. Uma mochilinha pequena nas costas pra ir guardando coisas pelo caminho (pequena mesmo, só pra colocar remédio, lenço, algo que você possa precisar ou queira comprar ao longo do dia para não ficar carregando sacolas).


E o dinheiro? Bom, dinheiro, cartão, chave do hotel e passaporte vai comigo na doleira, debaixo da calça (local mais protegido que esse não tem). Apesar de muitas pessoas recomendarem guardar o passaporte no hotel / hostel e andar com uma cópia, em muitos lugares não confio o suficiente para deixar o documento mais importante da viagem. Então tudo isso vai na doleira, que fica na cintura, debaixo da roupa (da blusa, da calça, da calcinha). Nos lugares mais perigosos em que já estive, cheguei a dormir com ela.


Além disso, dependendo da sua necessidade ou se acontecer algum imprevisto, pode precisar do documento original.


7 - MALA PESADA x LIBERDADE





É muito mais difícil se locomover, entrar no transporte público ou até mesmo (Deuses nos livre) gritar por ajuda, quando se precisa carregar uma mala enorme atrás da gente. Por isso, menos é mais.


Mais vale sua segurança, sua saúde e sua liberdade do que looks diferentes para fotos do Instagram. Até mesmo nos hostels mais simples é possível encontrar serviço de lavanderia que custam bem mais barato quando comparado ao fato de que se você vai precisar pegar um táxi porque não consegue andar de metrô graças à sua mala pesada. Essa definitivamente não é uma economia inteligente.


No meu caso, com a deficiência, mala leve também significa independência (já que não preciso pedir ajuda para carregá-la) e saúde para os ombros. A lavanderia com certeza é mais barata do que uma sessão de fisioterapia.


8 - DIZER O ÓBVIO


O mesmo bom senso que você precisa ter para andar sozinha na sua cidade, é o que precisa utilizar para perambular por qualquer parte do mundo. Ou seja, cuidado redobrado ao caminhar a noite em ruas desertas, ficar de olho no copo quando está em um bar ou recusar carona de pessoas sem qualquer referência. Infelizmente ainda sentimos necessidade de fazer isso. Então, é básico em qualquer canto dessa Terra.



9 - VOCÊ TEM MEDO DE TENTAR, OU TEM MEDO DE DAR ERRADO?


Os melhores momentos de uma viagem são as descobertas que fazemos pelo caminho e não estavam em nosso planejamento. Por isso, permita se perder em alguns momentos. Get there, and get lost. Vai encontrar coisas incríveis sobre a cidade e sobre você mesmo.


Perrengues de viagem sempre vão acontecer. E te garanto que serão essas as histórias que você contará para seus amigos na mesa do bar ou para os netos deitada em uma rede.

Então não fique querendo que tudo saia perfeito. Os melhores momentos da sua viagem não estão nos guias.



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